Dentre os grupos que participaram da última edição do
Fazendo Arte no Parque, realizado mensalmente pela equipe Geração Underground,
no Parque Linear do Capivari, está o Duas Torres. O entrevistado é Antonthony
Muriel Castilho integrante do grupo. Confira a entrevista na íntegra:
Reportagem - Como
você avalia esta iniciativa do Geraçao Underground em promover este movimento
cultural aqui na região Sudoeste de Campinas?
Antonthony Muriel
Castilho – Cara, olha, é uma iniciativa muito boa, não é? Isso é bom para
fortalecer o movimento, né? Trazer a rapaziada para algum tipo de cultura. Isso
é realmente a cultura, o rap, o reggae, até mesmo o samba, né? E trazer de
volta o pessoal para este tipo de movimento que por falta desse tipo de estrutura
que tem aqui acabou se dispersando um pouco o público, não é? Mas ainda bem que
o pessoal aí tem ... conseguiu essa estrutura bacana, tal e conseguiu
reestruturar, trazer o rap de volta aqui. Isso é muito bom. Isso é bacana e é
bom para todo mundo.
Reportagem – Como
você considera que está a cena do rap?
Castilho – Para ser
sincero, assim, como eu costumo dizer, tudo passa por um processo de evolução,
todos os estilos passam por um processo de evolução. Mas nem toda a e evolução
que tem é boa. E hoje eu acho que a cena está um pouco dispersa. Eu acho que
estão se juntando grupos aqui e ali e em vez de fortalecer o rap eles estão
quebrando o rap, com este tipo de grupo. Então, se uns vão para um lado outros
vão para outro lado e se andassem na mesma direção, todo mundo junto, eu acho
que a cena seria mais forte do que hoje. Seria igual no passado quando todo mundo
trilhava o mesmo caminho. O objetivo não é fortalecer a gente, mas fortalecer o
Rap, o movimento.
Reportagem – Esta iniciativa
aqui não vem para agregar?
Castilho – Cara.
Depende da iniciativa, não é? Nem toda iniciativa está sendo para somar. Tem
gente que está subtraindo.
Reportagem – E esta
não está sendo para somar?
Castilho – Essa
aqui é excelente. Essa aqui é o que precisa. O Rap precisa de mais iniciativas
dessas. Se tivesse em cada ponto de Campinas um pessoal motivado, interessado
na Cultura de fato, mesmo, fizesse isso, eu garanto que hoje o Rap seria o topo
do Brasil. Seria o estilo mais escutado hoje no Brasil.
Reportagem - Mas tem
o rap regional, nacional, internacional. Como você vê essa cena?
Castilho – Cara,
o Rap, cara, ele é a Cultura mais certa. Tipo ele é a voz do povo de fato.
Então a gente tem que levar isso como compromisso máximo, entendeu? Pois é a
voz do excluído, a voz daquela pessoa que está lá no fundo da favela, passando por algum tipo de problema Então,
tipo, a cena, ela tem que ser forte. Ela tem que voltar a ter aquela força e
hoje a gente pode dizer que este ano vai ser o ano da evolução. O começo da
evolução da cena novamente. Eu tenho fé que daqui para uns três ou quatro anos
eu tenho certeza que o rap vai voltar a ser o que era antes.
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