Rappers trouxeram arte e cultura e se apresentaram em final de torneio

Encontro de grupos de rap foi realizado após partidas de futebol

O evento que marcou a final do Primeiro Torneio de Futebol na Praça Corolla, no Jardim Morada do Sol, em Indaiatuba, interior de São Paulo foi realizado há uma semana, no dia 18 de maio de 2014 e foi organizado pela comunidade do bairro. O evento contou com participação de grupos de rap que fizeram o encerramento do torneio mostrando seus repertórios de músicas que falam do cotidiano de quem vive na periferia e optou por promover eventos independentes. A seguir, a entrevista com Suamys Lapidado, um dos organizadores do evento.

Reportagem - O que você achou dos grupos que se apresentaram aqui?

Suamys Lapidado – Mano eu acredito em todos os grupos que eu convidei para se apreentar aqui eu acredito no potencial deles. Escrever, cantar e participar de um movimento é difícil. Ainda mais sendo rapo, underground. Foi uma coisa assim mais periférica. É difícil. A iniciativa é de quem curte. A partir do momento que eu convidei, eu sabia do potencial de cada um. Eu conheço o Brreno que chegou e tal e falei vai lá Breno, você tem quinze minutos. Os meninos de Campinas também aqui, o Estilo Malokeiro, O K-Pone, temos  o Revolucionários, tipo, é um pessoal que eu conheço já faz alguns anos. Eu canto rap faz treze anos já cantei com Sagatti, em 2009 lançamos um CD.

Reportagem - E você canta ainda?

Suamys - Eu canto ainda. Eu canto ainda. Depois do Sagatti (rapper de Salto que também se apresentou) sou eu que vou me apresentar aqui.

Reportagem - Como está a cena do rap aqui em Indaiatuba?

Suamys - Está caminhando, mas não está unido. Eu acho que tipo quando você ... Eu tenho um preconceito asssim com estilo funk. Quando você fala “vai ter uma roda de funk, vai ter um barato de funk”, cola geral cara. Tem gente que não se importa em gastar cinquenta reais pra ver qualquer MC dentro de um clube. Mas tem gente que se importa em assistir um show de graça aqui na praça. Entendeu? Aqui o movimento é de graça. Ninguém cobrou nada de ninguém. O que tá aqui é para quem gosta. Agora se eu fizesse e cobrasse vintes reais os povo ia criticar mais ainda. A distância do rap é isso. A pessoa reclama que não tem movimento e quando tem não comparece.

Reportagem - Mas hoje você acha que o público que veio aqui é um público de qualidade?

Suamys - Sim. De muita qualidade. Você pode ver que tem crianças, tem jovens, tem adultos, tem idosos, tem famílias inteiras. Então é um pessoal que acompanhou o começo do rap. Porque eu acho que o que atraza o rap é o rap não ter se vendido para a mídia, mano.

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