ARTE E MOVIMENTO Skate e rap são opção de cultura e lazer na região Sudoeste de Campinas

Evento integra a programação dos eventos realizados pelo Geração Underground

Pelo menos uma vez por mês Campinas realiza uma atividade pública, com entrada franca, de grupos de rap e skatistas no Parque Linear Capivari, a Lagoa do Mingone, região Sudoeste de Campinas. A realização é do Geração Underground, grupo de artistas que desenvolvem ações culturais. O apoio é da Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de Campinas.

No último domingo de Páscoa (20 de abril de 2014) não foi diferente. Skatistas, rappers e ativistas do Movimento Hip Hop se reuniram para mais uma edição do programa que se chama Fazendo Arte no Parque. A reportagem esteve no local e colheu entrevistas como a que segue, com o skatista Bigo, primeiro lugar na competição realizada nesta data. Confira a entrevista na íntegra:

Reportagem – Qual foi a sua premiação pela primeira colocação no campeonato de skate de hoje?

Bigo – O primeiro lugar valeu dois ingressos para o Wet´ n Wild e mais 30 reais. O segundo lugar levou 25 e o terceiro lugar levou 10 reais.

Reportagem – O que você acha da iniciativa do Geração Underground em promover esse evento mensal?

Bigo – Eu acho que é bom, não é. Como o Gallo (Gabriel Gallo) disse há um tempo atrás já foi um lugar perigoso e agora é um lugar tranquilo em que as famílias comparecem para se divertir. É um parque de lazer. Eu acho legal isso que os caras fazem aí porque incentiva muito as pessoas, não só nós do skate, mas também outras pessoas de fora. Aí a gente aprende muito com eles e eles com nós.

Reportagem – Você mora onde?

Bigo – Moro no Vida Nova. A gente vem de lá pára praticar o skate aqui.

Reportagem – O que você acha de ter participação de gente de fora, de outros lugares?

Bigo – Eu acho muito bacana, porque todo mundo conversa aí, se encontra, faz amizades novas. Eu venho com orgulho, venho com vontade e a galera toda aí também.

Reportagem – Você sente falta de espaços como aqui para fazer campeonatos, por exemplo?

Bigo – Com certeza. Com certeza falta, porque eu acho que é pouco valorizado ainda o skate, tem pouca área adequada, apesar de haver muito skatista. Tem poucas pistas e onde tem é longe para as pessoas que gostam e para quem quer também praticar o skate. Tem algumas pistas aí, mas para muitas pessoas é difícil esse deslocamento. A passagem de ônibus está um pouquinho cara mas a eu saio todos os dias.

Reportagem – O que você deixa de mensagem para quem está chegando agora e ainda não conhece o skate e o rap?

Bigo – É isso aí mano. Faz o que faz com fé e não desiste nunca. Se capotar levanta e é “nóis”.

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