ARTE E MOVIMENTO Fazendo Arte no Parque trouxe rap de Mano Grazy

Evento é realizado ao ar livre e com entrada gratuita no Parque Linear Capivari

Campinas sediou mais um encontro de grupos de rap da própria cidade e também de municípios da região. O evento foi realizado durante a tarde e contou com a apresentação do Mano Crazy que deu entrevista em que fala da cena do rap e a importância de iniciativas como as do Geração Underground em promover Fazendo Arte no Parque, que conta ainda com apoio da Secretaria Municipal da Cultura. Confira a entrevista na íntegra:

Reportagem – O que você acha da iniciativa do Geração Underground de realizar este evento que é o Fazendo Arte no Parque?

Mano Crazy – Então, eu, os manos como o Tim, o Kpone, o Sinistro, eu já tenho uma caminhada antiga no rap , cerca de 15 as 20 anos no rap. E já era difícil naquele tempo. Hoje está tudo mais fácil. As pessoas são inteligentes, porém, os próprios rappers têm pouca vontade. É isso que a gente vê. Tudo depende de uma iniciativa feito essa. Isso aqui é um gancho que a gente tem que levar para outras cidades. Pois com certeza está faltando espaço como este, sim.

Reportagem – Você acha que os governos estão poucos sensíveis à promoção de eventos como este?

Mano Crazy – Eu acredito que é o seguinte. Existem políticas públicas e política eleitoral que são coisas diferentes. Mas eu creio no seguinte O Brasil é um pais em que se geram políticas públicas, que poderiam funcionar, mas que os próprios cidadãos tivessem mais consciência e fossem buscar por essas coisas. Um projeto como este que já foi dado início todo mundo quer conquistar, quer crescer e quer chegar. Começar ninguém começa. E, assim, sabendo disso, o governo não dá ajuda. Se ninguém procura eles vão fazer o que é melhor para eles.

Reportagem – Você acha que tem algum medo aí?:

Mano Crazy – Isso com certeza. O rap não tem osso na língua. Então o governo e o sistema todo tem muito medo porque a gente vai divulgar toda uma consciência cultural e transformadora. Tanto que na música eu tento passar isso que eu estou falando agora. O cidadão tem que conhecer leis, tem que conhecer política, tem que ir para a escola para estudar e não para bagunçar e então todo o sistema tem medo disso aí que é a revolução em si.

Reportagem – O que você deixa de mensagem para quem  está começando agora?

Mano Crazy – Bom, para finalizar, eu tenho a dizer que é o seguinte:  Quem está começando, parabéns pela atitude de começar e de ter escolhido o rap. Eu tenho a dizer que não é fácil, mas que vale a pena porque tudo isso aqui é o nosso  pagamento. Claro que deve ser pago sim, o artista, o cantor de rap tem que ganhar cachê. A gente faz por honra e quer viver disso. Mas a atitude de começar no rap é sem palavras. E dou meus parabéns a quem está começando. Eu moro em Monte Mor e a cena do hip hop lá está fraca. O hip hop secular tem poucos representantes. Muitos foram para o rap gospel, mas muitos estão parados, só que nós vamos ter novidades lá na cidade, com certeza.

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