Reflexões sobre os saberes e os fazeres e o enfrentamento em saúde à PEC 241

 

Abertura do 7ºCBCSHS tem a marca da reinvenção
 
Reflexões sobre os saberes e os fazeres e o enfrentamento em saúde à PEC 241 dão o tom da cerimônia.

 
Reinventar a ação em saúde e os paradigmas epistemológicos. Reinventar as formas de representatividade e a nós mesmos. Essa foi a mensagem central da cerimônia de abertura do 7º Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde (7ºCBCSHS), realizado na noite de 09 de outubro, no Teatro Universitário, no campus Cuiabá da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Mais de 400 pessoas participaram da atividade, que reuniu pensamento crítico, mas também leveza, felicidade e beleza local.
 
Na sua primeira participação, como presidente da Abrasco, numa solenidade de abertura abrasquiana, Gastão Wagner abordou os malefícios que a PEC 241 pode causar à saúde e a perspectiva da asfixia na área social, ele ressaltou que cabe a todos aqueles que acreditam na humanidade encarar a discussão da autonomia do agir em sociedade. Wagner falou também o papel das Ciências Sociais e Humanas em Saúde na Saúde Coletiva e deixou o convite para se pensar o papel da representação social e o próprio funcionamento da Abrasco. “Grupo Temático não tem dono, os coordenadores dos GTs e Comissões têm de renovar. O desafio é pensar como a Abrasco pode ter posição unitária e conviver com o contraditório. O desafio é sair das nossas certezas, dos fundamentalismos de correntes. Isso nos deixa separados e com dificuldade de pensar. Não há metodologias ideais, temos de fazer parceira, ter capacidade de interlocução e de intervenção na sociedade. Temos de reconstruir nossa sociabilidade como pessoas críticas. A crise de representatividade não é só da classe política, mas também nossa. A defesa do SUS depende do modo de reinventar nossas relações. Vale a pena, temos um monte de coisa para fazer. Não somos exceção. O que acontece é que estamos desorganizados. Nosso papel é tentar apoiar e ajudar, e lembrar que a representação não é suficiente, e que é necessário sim nosso protagonismo”.
  

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