Manifesto

Cada ser humano tem direito de escrever seu manifesto. E não precisa ser um só. E também não precisa ser escrito. Pode ser lido, falado, gritado, desenhado, esculpido. E de muitas outras formas. Um manifesto, dois, três, uma manifestação. Manifesta. Meu manifesto é contra a falta de amor. Amor às pessoas, ao patrimônio artístico, aos bichos, às palavras. Amor em geral.

Falar de amor cada vez mais está fora de moda e entre pessoas sérias e instituições de tradição, amor, tão lembrado nas músicas e nos escritos religiosos, fica fora do plano. Amor e dinheiro não andam juntos. Por amor as pessoas cometem atos de valor incalculável. Não tem dinheiro que pague. O dinheiro é muito pouco e o amor não se contenta com pouco.

O amor manifesta-se em olhares, respiração, fluídos, toques, palavras e tantas outras formas que fica difícil enumerar. Mas o amor anda em desuso. Anda tímido. As pessoas têm vergonha de amar. Jovens, adultos, velhos. Pondero que as crianças saibam, mas precisam de retribuição para manter o amor. Amor é aquela velha comparação com a planta que precisa de cuidados para crescer, se desenvolver e dar a flor.

Amor é coisa simples. É coisa de amar e querer bem. Só isso. Não precisa mais. Querer bem é uma coisa grande demais para ser medida. Meu amor não tem tamanho, tem demasia e tem uma grande medida, enorme, imensurável tamanho. Amor é assim. A gente sente e pronto. Cuida, ama, vive.

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