Noite de sábado, juventude por aí pensando na balada e a Juventude do PT Estadual envolvida com a posse de sua nova diretoria. Foi dia 27, depois das 18h e só terminou na tarde do domingo. A reportagem do blogue estava lá, na sede do PT Campinas, onde foi empossada a nova diretoria com mandato de dois anos. Presenças de lideranças do PT local, como o presidente do partido em Campinas, Casemiro Reis.
O estudante de ciências sociais, Erik Bouzan, secretário de juventude, espécie de secretário geral da JPT-SP (cuja direção é colegiada e não presidencialista) e o mais jovem pré-candidato a vereador da Macro Campinas, Lucas Rodrigues , de 19 anos, concederam entrevistas em que abordaram assuntos referentes ao próprio partido e as questões que afligem a juventude. A conversa foi na sede do PT Campinas, minutos antes da posse.
Para Eric, um dos maiores desafios de ser da direção da Juventude do PT paulista é o conservadorismo do Estado. Ligado à CNB (Construindo um Novo Brasil) ele avalia que a sociedade está sofrendo com uma "onda conservadora, anti-petista", aspecto que ficou claro para ele no último Congresso da JPT, em Franco da Rocha, há cerca de dois meses, onde o tema foi muito debatido.
"Focamos em questões fundamentais como o momento atual do PT e principalmente as demandas da juventude em geral, mas também do ódio plantado por setores da sociedade contra o PT e seu projeto de um país mais justo. Estarmos organizados é muito importante. Daqui saem os jovens que podem assumir os cargos de direção do partido no futuro", afirmou. "Quanto aos desafios, em geral, cada época tem algum tipo particular de desafio. O momento atual é de fazer com que as pessoas participem mais e se alienem menos da política", completa.
Para ele, o momento é de inovação e de formação de "quadros" novos. "Temos dialogado com toda a sociedade. Exemplo disso é a nossa relação com o Movimento Passe Livre (MPL), que nós apoiamos muito. Mas o maior desafio é quebrar as barreiras para trazer mais jovens para participar da militância que hoje vem sendo até mesmo criminalizada e ostilizada. A militância é a melhor ferramenta de mobilização e transformação", explica.
Ele conta que o PT teve mais de 50 mil novas filiações em 2015. Também observa que não existe "passe de mágica" para estimular o engajamento juvenil à política organizada. "Mas não é correto dizer que a juventude não milita. A juventude milita sim! Mas ainda encaramos o ceticismo político de partes da juventude como um dos nossos maiores desafios", diz. Para ele, a resposta ao ceticismo é o PT se adaptar às novas agendas de mobiliação."Ainda tem gente que não consegue notar que a política está presente em todos os campos da sociedade", argumenta.
Foto: JPT
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