E este foi o fim: ADEUS !!!


Página virada mesmo em Campinas



“Quando nós assumimos, encontramos uma Campinas esburacada. Havia buracos no cofre, buracos nas ruas, buracos na alma das pessoas. Com muito trabalho e uma economia controlada na ponta do lápis, demos jeito nos buracos do cofre, recuperamos as finanças da cidade e resgatamos a capacidade de investimento. Os buracos das ruas foram sendo tapados aos poucos, com a renegociação do preço da massa asfáltica e a aquisição de novo maquinário, até chegarmos a mais de 250 mil buracos tapados, das ruas do centro aos bairros mais distantes. E a alma do campineiro está se recuperando ao ver sua cidade voltar à normalidade, ao acompanhar obras sendo retomadas, o funcionalismo recebendo em dia, os investidores novamente planejando empreendimentos no município, as informações da administração sendo divulgadas com transparência e seriedade. Foi um ano difícil, mas podemos dizer com certeza: fomos nós que viramos a página em Campinas”.



O prefeito diz que aprendeu muito, brigou muito, enfrentou adversários dentro e fora da Prefeitura, e que sai mais maduro e experiente. Sempre colocando a cidade em primeiro lugar, conta que caprichou na transição administrativa com a equipe do próximo governante municipal – “foram três meses mostrando documentos, abrindo contratos, falando dos problemas, das soluções e do que ainda está por vir” – e que até se ofereceu para conversar com o prefeito eleito Jonas Donizette, de tempos em tempos, caso ele queira os seus conselhos. “Eu não tive transição, cheguei na Prefeitura para encontrá-la cercada pelos homens do GAECO (o braço executivo do Ministério Público, que estava investigando o governo municipal), que levavam documentos e computadores, e sei o quanto essa falta de informação, de conversa com os antigos secretários contribuiu para dificultar ainda mais as coisas”, relembra.














Dezenas de importantes obras – a reforma do teatro Castro Mendes, construção de escolas e centros de saúde, o ginásio do CEAR (Centro Esportivo de Alto Rendimento, a esperança campineira para atrair e formar atletas de ponta), o Instituto da Mulher, o Pronto-Socorro Metropolitano, o prolongamento dos trilhos da Maria Fumaça, entre muitas outras – paralisadas, ou nem iniciadas, devido a uma série de problemas técnicos.
Alguns erros beiravam o inacreditável: um Centro de Saúde foi projetado em tamanho maior do que o terreno onde seria erguido, e não cabia no local. O Instituto da Mulher, um hospital pensado especificamente para atender às mulheres, não tinha projeto elétrico nem hidráulico. O novo trajeto dos trilhos da Maria Fumaça não considerou um desnível no terreno que precisaria de obras complementares para ser vencido. O projeto do ginásio do CEAR apresentou problemas já no traçado das fundações.




































Uma verdadeira força-tarefa foi formada no governo municipal para lidar com essas questões. Técnicos do Planejamento, Urbanismo, Gestão e Controle, Jurídico e Infraestrutura, coordenados pelo prefeito, iniciaram um diálogo com os Promotores para encontrar uma saída. Cada caso foi estudado individual e exaustivamente e se chegar a uma alternativa: as construções seriam liberadas se as empresas responsáveis pagassem as contrapartidas que deveriam ter sido exigidas no momento da aprovação.
Essas contrapartidas englobavam obras para minimizar o impacto ambiental que seria exercido pelos novos empreendimentos no entorno das construções. Envolviam, por exemplo, a abertura de vias, sinalização de trânsito, construção de viadutos, execução de obras de saneamento, implantação de equipamentos de lazer e saúde, preservação de áreas verdes etc.






A reforma estava praticamente parada porque a prefeitura devia para a empresa encarregada da obra e a data de reinauguração já havia sido mudada tantas vezes que ninguém mais levava a sério os prazos anunciados. O custo inicial já havia sido ultrapassado em alguns milhões e ainda havia necessidade de novo aporte de recursos.
Serafim resolveu enfrentar a situação. Certo de que Campinas não podia continuar sem um teatro à altura da sua classe artística e da condição de cidade produtora de cultura que sempre ostentou, prometeu, logo ao assumir, reabrir o teatro. Foi, diga-se, a única promessa que fez. No dia 5 de dezembro, a Orquestra Sinfônica de Campinas, regida pelo maestro Victor Hugo Toro, ocupou o palco totalmente remodelado e peças de Carlos Gomes ecoaram novamente pelo espaço teatral, chegando a uma platéia emocionada, onde não foram raras as lágrimas.










Na mesma linha, o governo municipal tem lançado mão, cada vez mais, dos pregões eletrônicos, que tornam o processo mais transparente, uma vez que o anonimato é total no processo, dificultando as famosas “combinações”, como diz o prefeito. O resultado já apareceu: economia de mais de 75% no preço de alguns itens adquiridos pelo município.
Outro setor que está utilizando a internet para colocar informações ao alcance da população é o Planejamento, onde o processo de modernização do Cadastro Físico, Territorial e Ambiental (CFTA) do município está adiantado, depois de serem transpostos mais de 600 mil documentos do papel para o sistema digital de informações territoriais. A medida permitiu disponibilizar, online (http://www.campinas.sp.gov.br/governo/seplama), o acesso às Fichas Informativas do Cadastro Imobiliário; Fichas de Numeração Predial; Certidões; Consultas de Zoneamento; Marcos Geodésicos e Mapa Geoidal.







Entre muitas outras, vale a pena citar uma série de medidas que ajudaram a destravar a administração e a recuperar não somente o funcionamento da máquina pública de forma organizada e juridicamente correta, mas também o ânimo da população e o “orgulho de ser campineiro, por nascença ou adoção”, como diz o prefeito.
Áreas verdes – sempre com as contas apertadas, a Prefeitura deu um jeito de trocar piso e luminárias do Parque Portugal, que também está recebendo plantio de novas árvores e limpeza constante. No Bosque dos Jequitibás, o lago, que estava seco por causa de um reforma paralisada, foi recuperado: infiltrações e vazamentos foram sanados, o tanque foi novamente cheio de água, a ilha dos macacos recebeu melhorias e até o lago dos hipopótamos passou pela primeira limpeza desde a construção do recinto. Praças como a Sílvio Romero, no Jardim Leonor, foram recuperadas e o Programa de Adoção de Praças recebeu estímulo e ganhou novas adesões.



BRT– Campinas já conta com o BRT (Ônibus de Trânsito Rápido, em inglês), um sistema rápido, flexível e de alto desempenho, escolhido como padrão do transporte coletivo nos próximos anos em Campinas e nas cidades sede da Copa do Mundo de 2014. Os novos veículos são articulados e circularão na Avenida John Boyd Dunlop, agregando novas tecnologias, como por exemplo, acesso à internet por sistema wireless (sem fio). Os veículos possuem 21 metros e podem transportar até 145 passageiros. São mais largos e altos e, com uma configuração diferenciada das poltronas, têm maior área livre e facilitam a circulação dos passageiros. O projeto é que, no futuro, os BRTs circulem nos corredores que serão construídos especificamente para coletivos nas regiões do Campo Grande e Ouro Verde.




Consultório na rua – vencendo uma série de dificuldades, da falta de recursos à dificuldade para contratar pessoal, a administração conseguiu colocar em funcionamento o Consultório na Rua, parte importante do programa de combate às drogas. Instalado em uma perua tipo van, adaptada e adesivada, o Consultório é uma maneira de levar o atendimento médico aos moradores de rua, facilitando a abordagem e a criação de vínculos. Além de oferecer consultas, procedimentos simples e encaminhamento aos Centros de Saúde, nos casos mais complexos, o contato direto ajuda nas providências para prevenção e combate ao consumo de drogas, especialmente o crack. O projeto é realizado em parceria com o governo federal e a previsão é de que o trabalho seja ampliado no futuro próximo, ganhando também um ônibus, igualmente adaptado, para percorrer as ruas.










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