Transporte
Vendo pela TV e acompanhando pelas redes sociais ou ouvindo no rádio ou lendo nos jornais e revistas ainda é, para mim, obscuro o que está acontecendo no Brasil. As reivindicações aumentaram e não são mais só transporte público, embora este seja o comum em todas as cidades. A sensibilidade do povo está afetada com o estresse gerado no cotidiano pela falta de estrutura das regiões metropolitanas em que as pessoas são obrigadas a pagar para trabalhar e usar um transporte que é desigual. Itinerários antigos, ônibus velhos, linhas de trens sem uso, funcionários com remuneração baixa, despreparo e desmotivação para o trabalho, ruas, avenidas e rodovias saturadas de carros, motos, caminhões. Concessionárias que não fizeram as obras de vias marginais e transformaram rodovias em avenidas. Superlotação dos ônibus, gerenciamento precário do trânsito. Irritação dos motoristas, passageiros e todo mundo mais que se envolve no decorrer de um dia que começa e termina como se as pessoas tivessem de pagar penitências para se deslocar do trabalho para casa. E repete tudo no outro dia, e no outro, e no outro ... Eu uso o transporte público metropolitano da Região de Campinas e percorro estes pedaços todos os dias. As pessoas são colocadas para uma guerra que é travada no trânsito e isso repercute na vida de todo mundo. Produtividade depois de certos percursos e esperas fica comprometida, eu considero. E quem anda de carro vive preso nos congestionamentos. Tem que trabalhar dentro do carro e perde atenção no trânsito: Acidentes. Alguma coisa parecia que estava por acontecer. Aí vieram os aumentos nas passagens de ônibus. O Governo Federal tirou impostos mas o povo já estava nervoso. Quem pagou passagem a R$ 3,30 em Campinas e vai pagar R$ 3,20 a partir de julho, como eu, pode ficar pensando em quantos 10 centavos a gente paga apenas para trabalhar. E o ônibus quebra, os horários são difíceis de ser cumpridos. Mas isso não começou agora. Agora é preciso por tudo para funcionar e tem de ter estrada e rua pavimentada suficiente para o transporte coletivo e o mar de veículos que os brasileiros compraram sem receber as obras e o gerenciamento do trânsito. Quem escolhe as empresas de ônibus? Quem decide o itinerário? Qual a idade da frota? Papo de gente rica. Rica em perseverança que o oportunismo vai passar e este movimento vai gerar mudanças estruturais na "matriz" do transporte que é rodoviário e travou. Vide São Paulo. Agora continua sendo hora de trabalhar.
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