A vida é sensível

Acho tão bonito ver os cachorros dormindo um por cima do outro, se aquecendo, dois irmãos, Café e Milk. Minhas madrugadas são às vezes interrompidas por eles que pedem para sair e dar uma voltinha no quintal. Lindos fazem bem e me amam. Me tiram de casa nos momentos mais difíceis de encarar a rua. Até a linha do trem, onde eles me arrastam pelo barranco até o alto onde eu vejo a cidade do alto de um lado com o estádio de futebol e do outro o meu bairro, com a cúpula azul de uma igreja em destaque. Mas destaque mesmo são os cachorros pulando e correndo pela vegetação da linha do trem, livres por algum tempo, correm, se cansam e voltam com pedras e paus que jogo a eles para buscar. É a grande diversão deles. Quase nunca tem gente ali e nem cachorro como nas nossas praças que abrigam hoje famílias inteiras e não convém ir lá incomodar o povo com os meus Chichilentos, que é um dos apelidos carinhosos que eles têm.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagens populares